l Pastor Mathias Quintela de Souza l 2 Coríntios 4.6-18 l
Em 2020 estamos vivendo ainda experiências difíceis, inéditas. Vidas de pessoas queridas ceifadas pela infecção de um vírus invisível que afeta a saúde física e financeira de pessoas no mundo inteiro. Muitas informações e opiniões transmitidas pelos modernos meios de comunicação, mas, interesses políticos e econômicos por trás delas torna difícil transformar essas informações em conhecimento sólido que nos ajude nas nossas decisões e ações. No entanto, pela fé, estamos superando as dificuldades.
Superamos a morte pela ressurreição. Temos o precioso tesouro do evangelho em vasos de barro para que a excelência do poder seja de Deus (4.6-7). Como seres humanos somos frágeis e estamos sujeitos à tribulação, à perplexidade, à perseguição, ao abatimento e à morte (4.8-11). No entanto, identificados com Jesus pela fé, morremos com ele para o pecado e ressuscitamos com ele para uma vida nova (Rm 6.3-4,11). Assim, vivemos a experiência da vida e da morte de Jesus em nossa vida diária (4.11) alimentados pela fé na ressurreição final (4.13-14). Em tudo isto, a graça de Deus se manifesta soberana, tornando abundantes as ações de graças para a glória de Deus (4.15).
Superamos a decadência externa pela renovação interior. Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso corpo exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia (4.16). Prevendo a morte iminente, Paulo disse que Cristo seria engrandecido em seu corpo quer pela vida, quer pela morte (Fp 1.20), e afirmou: Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro ( Fp 1.21). A renovação se intensifica à medida que nos aproximamos da Nova Jerusalém. Em Cristo a nossa mocidade se renova como a da águia (Sl 103.5) e, mesmo na velhice, somos frutíferos (Sl 92.14).
Superamos o sofrimento pela certeza da glória eterna. Os sofrimentos que Paulo considera leves e momentâneos, diante da glória que nos espera (4.17), estão descritos em 2 Co 11.23-29: prisões, açoites, apedrejamento, naufrágios, perigos os mais diversos, jejuns, frio, nudez e preocupação constante com as igrejas. Diante deste testemunho, como encaramos os nossos sofrimentos?
Superamos as coisas visíveis pelas realidades invisíveis. Nossa atenção deve estar nas coisas que não se veem, porque são eternas (4.18). No funeral de um bilionário alguém perguntou ao seu contador se ele havia deixado muita coisa. “Deixou tudo” – foi a resposta. “Não levou nada”. Jesus nos ensina que devemos ajuntar tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam nem roubam (Mt 6.20); porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração (Mt 6.21).
Estamos superando as dificuldades de 2020 pela graça de Deus na plena certeza de que os desafios de 2021 serão também superados para a glória de Deus.
Comentários