TRANSFORMAÇÃO CONTÍNUA

l  Pastor Mathias Quintela de Souza  l  Romanos 12.1-2  l

Do capítulo 1 a 11 da carta aos romanos, Paulo ensina que somos salvos pela graça de Deus mediante a fé. No capítulo 12 ele começa usando a preposição portanto para unir a doutrina à prática. A salvação em Cristo nos liberta do cativeiro do pecado para uma vida de adoração em espírito e em verdade e de serviço a Deus e ao próximo (Romanos 12-16). No entanto, vivendo como peregrinos em direção à nossa pátria definitiva, somos assediados pelo pecado num mundo que jaz no maligno.  Por isso, a transformação, pela renovação da nossa mente, deve ser contínua para que possamos experimentar, na prática, a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Transformados como adoradores. Portanto, irmãos, pelas misericórdias de Deus, peço que ofereçam o seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o culto racional de vocês (Rm 12:1). O corpo, que é santuário do Espírito (1 Cr 6.19) e instrumento de justiça (Rm 6.12-13), deve ser oferecido como sacrifício vivo para cultuar a Deus, de maneira simples e inteligível, em todo o tempo e em todo o lugar. Somos transformados como adoradores. O salmo 73, por exemplo, registra a perplexidade do justo que sofre enquanto os maus prosperam. Em só refletir para compreender isso, achei que a tarefa era pesada demais para mim; ATÉ QUE ENTREI NO SANTUÁRIO DE DEUS e descobri qual seria o fim deles (Sl 73:16,17). Quando entramos no santuário Deus nos capacita para ver as pessoas e o mundo como ele vê.

Transformados pelo compromisso com o Reino. E não vivam conforme os padrões deste mundo (Rm 12.2a). O crente não deve entrar no esquema ou na fôrma do mundo. Se isto acontece, ele fica sem identidade e sem missão. Devemos ser vigilantes porque estamos sujeitos às mesmas tentações que Jesus enfrentou: do ter em lugar do ser (Mt 4.3-4); de usar Deus ao invés de ser usado por Deus (Mt 4.5-7); de servir-se do poder ao invés de usar o poder para servir (Mt 4.8-10). Essas tentações acontecem em todas as áreas da vida, mas, em Cristo, somos vencedores. Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, quando foi tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados (Hb 2:18).

Transformados pela renovação da mente. … mas deixem que Deus os transforme pela renovação da mente (Rm 12.2b). Esta transformação é radical, é essencial. É metamorfose. É libertação das fôrmas e esquemas mundanos. A mente renovada desenvolve a cultura do Reino de Deus, em oposição à cultura mundana, pela palavra de Deus e pela oração. A mente renovada é a mente de Cristo (1 Co 2.16b).

Transformados pela obediência. …para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2c). A mente renovada harmoniza a nossa vontade com a vontade de Deus. A obediência deixa de ser por obrigação e torna-se espontânea, alegre e frutífera. Quando obedecemos, Deus age e a transformação torna-se constante, progressiva, libertadora.

Os apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres nos preparam para que sejamos ministros e nos edifiquemos mutuamente (Ef 4.11-12), até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de pessoa madura, à medida da estatura da plenitude de Cristo (Efésios 4:13). Portanto, o processo da nossa transformação é contínuo e progressivo porque o paradigma, o modelo, o alvo é a medida da estatura da plenitude de Cristo.

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