A UNÇÃO COM O ÓLEO FRESCO


l  Pastor Mathias Quintela de Souza  l  Salmos 92

Há poucos dias acordei de madrugada sentindo no coração o peso da responsabilidade do ministério pastoral nesta nova fase da minha vida. Lembrei-me, então, da mensagem que um irmão me entregou quando saí de Londrina com destino a Curitiba: Porém tu exaltas o meu poder como o do boi selvagem: derramas sobre mim o óleo fresco (Salmos 92:10). Entendi, meditando, que o óleo fresco sobre a cabeça é a unção renovada que nos torna fortes como o boi selvagem para a nossa missão no presente.

O salmista usa duas figuras para ilustrar a vida e a missão do justo: da PALMEIRA que floresce, prenuncio de frutos abundantes, e do CEDRO DO LÍBANO que cresce vagarosamente, mas com solidez, tornando-se símbolo de longevidade (92.12, 14-15). Plantados na Casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus (92.13). Somos justos porque fomos justificados pela fé em Jesus (Rm 5.1) e unidos a Cristo, como varas ligadas ao tronco, para que sejamos frutíferos (Jo 15.5). Em Cristo todos somos ungidos (1 Jo 2.20), mas o óleo fresco sobre a nossa cabeça renova a unção e nos faz fortes como o boi selvagem para despedaçar todo e qualquer jugo que não seja o jugo de Cristo (Mt 11.28-30). Neste contexto, destacamos algumas lições preciosas.

Em primeiro lugar, a unção renovada nos leva a reconhecer as bênçãos já recebidas, cantando louvores a Deus e anunciando a sua misericórdia e a sua fidelidade com instrumentos de corda, saltério e harpa (Sl 92.1-3): Pois me alegraste, Senhor, com os teus feitos; exultarei nas obras das tuas mãos. Quão grandes, Senhor, são as tuas obras! Os teus pensamentos, que profundos! (Sl 92:4,5). Em segundo lugar, o óleo fresco sobre as nossas cabeças nos fortalece no Senhor e na força do seu poder para derrotarmos os inimigos que se opõem à justiça de Deus (Sl 92.6-7). Vencemos porque é o Senhor que exalta o nosso poder como o do boi selvagem e que derrama sobre nós o óleo fresco (Sl 92:8-11 Não lutamos contra pessoas, mas contra as hostes espirituais da maldade para libertar vidas que estão sob o cativeiro de satanás (Ef 6.10-20; At 26.16-18). Em terceiro lugar, renovados na unção do Espírito, florescemos como a palmeira, crescemos como o cedro do Líbano e, plantados na comunhão do corpo de Cristo (1 Pe 2.4-5), produzimos frutos em abundância (Jo 15.5,8): Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o Senhor é reto. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça (Sl 92:14,15). Deixamos o nosso legado para as novas gerações.

No dia de Pentecostes foram vistas línguas como de fogo e pousou uma sobre CADA UM deles e TODOS ficaram cheios do Espírito Santo (At 2.1-4). Na unção do Espírito o evangelho foi pregado e quase três mil pessoas creram e foram batizadas naquele dia (At 2.41). No entanto, mais tarde, diante das perseguições, das ameaças e das tentações, os discípulos, reunidos, levantaram a voz unânimes em oração (At 4.23-30). Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus (Atos 4:31). Precisamos, mais do que nunca, deste óleo fresco sobre as nossas cabeças.

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