A ORAÇÃO DO DISCÍPULO DE CRISTO

l  Pastor Mathias Quintela de Souza  l  Mateus 6.5-15 b l
Quando os discípulos observaram Jesus em oração, fizeram-lhe este pedido: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos (Lucas 11.1). De fato, é mais fácil dar esmola e jejuar do que orar. Paulo, apóstolo, afirmou: Também o Espírito…nos assiste em nossas fraquezas; porque não sabemos orar como convém… (Romanos 8.26). Por isso, atendendo ao pedido dos discípulos, Jesus nos deixou um modelo perfeito, conhecido como a oração do Pai Nosso. Nesse modelo temos os princípios fundamentais que nos orientam em nossas orações. Antes, porém, o Mestre nos ensinou como não orar.
Como não orar. A oração é um dos mais poderosos meios para a manifestação da graça de Deus. No entanto, ao orarmos, não devemos ser hipócritas como os escribas e fariseus nem tagarelas como os pagãos. Os primeiros, porque exibem forma de piedade sem conteúdo espiritual; os segundos, porque pretendem pressionar Deus para atender os seus pedidos egoístas com amontoado de palavras sem sentido. Ambos são interesseiros, não adoradores. Se Deus conhece as nossas necessidades antes que lhe peçamos qualquer coisa, então, por que orar? Porque somos filhos e o Pai se compraz na comunhão com os que lhe pertencem.
Como orar. Na INVOCAÇÃO dirigimo-nos a Deus como o Pai nosso que nos conhece, que nos ama e que cuida de nós. Mas reconhecemos que ele está no céu, que é todo-poderoso, soberano, majestoso e que pode nos ouvir e atender.
A oração que Jesus ensinou tem SEIS PETIÇÕES: nas três primeiras, buscamos a glória de Deus, não a nossa glória; almejamos a santidade de Deus em nós, não a exibição da nossa santidade; pedimos para que se estabeleça o reino dele, não o nosso reino; pedimos que seja feita a vontade dele, não a nossa vontade. Além disso, Ele já é o Santo, mas pedimos que a santidade dele se manifeste para revelar a nossa pecaminosidade e nos levar ao arrependimento e à contrição; Ele já é Rei, mas oramos para que as fronteiras do Reino se estendam com a rendição de rebeldes que entram no Reino pelo novo nascimento; a vontade dele já é feita no céu, mas pedimos para que ela seja feita igualmente na terra. Só depois, nas três petições seguintes, colocamos as nossas necessidades básicas: a) materiais. O pão nosso de cada dia pela provisão do Pai; b) espirituais. O perdão das nossas dívidas pelo poder do sacrifício do FILHO; c) morais. O nosso livramento do mal pelo poder do ESPÍRITO SANTO que habita em nós. O Deus trino age para suprir em glória cada uma das nossas necessidades. Nada de egoísmo: o pão NOSSO; o perdão das NOSSAS dívidas; o NOSSO livramento do mal.
Podemos simplesmente fazer a oração do Pai Nosso de forma refletida e consciente, sem vãs repetições, ou podemos expandi-la nos momentos de comunhão com o Pai no nosso quarto de escuta.

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