Pr. Mathias Quintela de Souza l 1 Coríntios 15.3-10; Filipenses 2:12-13 l
Aprendemos com Paulo que somos o que somos pela graça e fazemos o que fazemos pela graça (1 Coríntios 15.9-10). Por outro lado, Paulo ensina na carta aos filipenses que devemos desenvolver a nossa salvação com profunda reverência, pois Deus opera em nós tanto o querer como o realizar segundo a sua boa vontade (Filipenses 2.12-13). De fato, pela graça fomos salvos (justificados), crescemos na experiência da salvação (santificados) e seremos transformados quando o Senhor voltar (glorificados). Para tão grande salvação exige-se de nós, apenas, arrependimento, fé em Cristo e uso diligente dos meios exteriores e ordinários (meios da graça) pelos quais nos são comunicados os benefícios da mediação de Cristo. Esses meios são, especialmente, a palavra, os sacramentos e a oração.
Uso diligente da Palavra. Pela Palavra, vivificada pelo Espírito Santo, somos gerados e regenerados (Tiago 1.18; 1 Pedro 1.23-24), santificados (João 15.1-3; Hebreus 4.12) e preparados para a volta do Senhor em glória (1 João 3.1-3). Devemos examiná-la diariamente em nossa vida pessoal (Atos 17.11; Mateus 4.4), usá-la nos cultos domésticos (2 Tm 1.3-5; 3.14-17) e ouvi-la na proclamação feita pelos ministros da palavra (Efésios 4.11-12; Hebreus 10.25). Mesmo quando Deus fala conosco de forma extraordinária, como aconteceu com Paulo e Cornélio, ele dá instruções quanto ao uso ordinário deste importante meio de graça, a Palavra.
Uso diligente dos sacramentos. Os sacramentos (batismo e ceia do Senhor) são eficazes não por causa da virtude de quem os administra nem por algum poder mágico em si mesmos, mas porque foram instituídos e abençoados pelo Senhor Jesus (1 Coríntios 3.6-7). Pelo batismo selamos a nossa união com Cristo no seu corpo (1 Coríntios 12.13) e sepultamos o velho homem para vivermos em novidade de vida no poder da ressurreição de Cristo (Romanos 6.3-4). Na Santa Ceia nos alimentamos do pão da vida (João 6.47-51,63) e celebramos a nossa unidade no corpo vivo de Cristo (1 Coríntios 10.16-17). O uso displicente deste sacramento pode acarretar severa disciplina de Deus (1 Coríntios 11.27-32).
Uso diligente da oração. A oração eficaz é feita de acordo com a vontade de Deus (1 João 5.14-15), em nome de Jesus (João 16.23; 14.13), com auxílio do Espírito Santo (Romanos 8.26) e que leva toda a ansiedade à presença de Deus com súplicas e gratidão, tendo como resultado a paz que excede a compreensão humana (Filipenses 4.6-7). Devemos usar com diligência a oração pessoal no aposento secreto (Mateus 6.5-8), na comunhão com os nossos irmãos (Atos 4.23-31; Esdras 8.21-23) e na busca de uma vida saudável no espírito, alma e corpo (1 Tesssalonicenses 5.23; Tiago 5.13-16).
Para o uso diligente dos meios de graça precisamos ter uma vida disciplinada. Disciplina consciente e não imposta por regras ou leis. Paulo afirma que o exercício físico tem valor relativo, mas a piedade para tudo é proveitosa porque tem a promessa da vida presente e da vida eterna (2 Timóteo 4.7-8). Paulo se refere ao atleta que em tudo se domina para alcançar uma coroa corruptível; muito mais nós que temos por alvo a coroa incorruptível! (1 Coríntios 9.23-27).
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