Paulo C. M. Pereira Júnior
l Pastor auxiliar da 1ª IPI de Curitiba l
No texto bíblico desta semana (Ez. 47.1-15), acompanhamos a visão de Ezequiel sobre um rio que nasce no altar do templo. A história é repleta de detalhes e tem muito a dizer sobre santidade e a missão da igreja hoje.
Segundo esta passagem bíblica, debaixo do altar nasce um pequeno fio de água cristalina que vai em direção a cidade, e depois a todo vale. Ao acompanhar o fluxo de água, sob a supervisão do anjo do Senhor, Ezequiel percebe que o rio ganha corpo, e se aprofunda a partir das margens, sendo morada de muitos peixes e vida para arvores que ficam a sua beira (v. 12).
Num contexto de deserto, sequidão e do próprio Mar Morto, onde a vida não é possível ou é pouco provável, a existência de um rio de águas cristalinas é sinônimo de esperança e restauração. Onde Deus está existe esperança e vida.
Mas o que isso tem a ver com santidade e a missão de Deus? Veja, a santidade só é possível a partir da presença de Deus em nossas vidas. E uma vez que Deus se faz presente, Ele nos envia para ser uma benção a todos os povos. Nesta passagem, o rio nasce onde Deus se faz presente e ao fluir para além do templo, abençoa as pessoas com alimento, remédio e vida. Uma vez que o Senhor reina sobre nós, então somos enviados para servir na missão de Deus (Atos 1.8).
No Novo Testamento, aprendemos que nós somos templo do Espírito Santo (I Coríntios 3.16) e que rios de água viva fluirão daqueles que creem em Jesus (João 7.38-39). Veja que incrível: nós somos templos do Espírito Santo, e de nosso interior fluirão rios de águas vivas. O que o profeta Ezequiel descreve é a visão do tipo de vida que tem aquele que anda com Jesus – aquele que no altar do seu coração reina o Espírito Santo. Desta pessoa fluirão rios de água viva.
Pode ser que ao seu redor exista deserto e sequidão – lugares onde a vida pareça não ser possível. Por isso, somos chamados a compartilhar nossa vida em Deus. A vida do crente, a vida em santidade, deve sempre levá-lo à missão. Não cabe a nós reter a benção que vem de Deus apenas para nós mesmos.
Sejamos, pois, a igreja de Jesus que, ao se espalhar pela cidade, leva o rio que flui do Senhor e traz cura e vida às nações. Viva em Cristo!
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