l Pastor Mathias Quintela de Souza l Salmos 46:11b; Gênesis 32.22-32 l
Betel foi a primeira estação na trajetória de Jacó, líder destacado na linhagem da fé que começou com Abraão e chegou até (Gn 12.1-3; Gl 3.7). Em Betel, ele se refugiou na graça de Deus, em meio à crise gerada pala maneira como conseguiu a bênção de Isaque. No encontro de Betel, o Deus de Abraão e Isaque tornou-se também o Deus de Jacó. Por isso, prosseguiu cheio de confiança, certo de que as promessas de Deus seriam cumpridas (Gn 28.13-15). Chegou a Padã-Harã, onde viveu experiências nas quais cresceu no conhecimento de Deus. Vamos acompanhá-lo no retorno a Canaã, depois de vinte anos, até Peniel, segunda estação, onde ele foi transformado pela graça de Deus. Vamos aprender com Jacó como Deus quer nos abençoar para que sejamos bênçãos nas suas mãos.
A pedagogia da graça. Em matéria de enganação, Labão era páreo duro. Mas Jacó já sabia refugiar-se na graça de Deus. Por isso, superou as crises quando Labão mudou o contrato de casamento, colocando Lia no lugar de Raquel (Gn 29.15-30), e quando mudou dez vezes o salário de Jacó (Gn 31.6-7, 41). Ao invés de usar de esperteza, Jacó confiava nas promessas feitas em Betel (Gn 28.15). Por isso, foi abençoado (Gn 30.43) e abençoou Labão (Gn 30.27-30). Este é o propósito de Deus para todos nós: abençoados para abençoar (Gn 12.1-3; Mt 6.33). À medida que Jacó prosperava, as relações com Labão e seus filhos tornavam-se tensas. Neste contexto, Deus ordenou que Jacó retornasse à casa dos seus pais e prometeu estar com ele (Gn 31.1-3, 13). Devia retornar a Betel para reviver a experiência do primeiro amor. Nós, também, não podemos esquecer o primeiro amor (Ap 2.4).
A preciosidade da graça. Jacó foi vitorioso porque usou os recursos da preciosa graça de Deus (1 Pe 1.17-19) no encontro com Esaú que vinha ao seu encontro com 400 homens: (1) os anjos de Deus (Gn 32.1-2; Hb 1.13-14) e (2) a oração (32.9-12). Depois que fez todos passar o vau de Jaboque, ficou sozinho e lutou com Deus a noite inteira até conseguir a bênção necessária (Gn 32.22-27). Para isto teve que assumir a realidade representada pelo seu nome Jacó (Gn 32,26-27. Na luta com Deus, o velho Jacó foi vencido (Gn 32.25) e transformado em Israel (32.28-29). Deus, agora, lutou por ele e a reconciliação com Esaú aconteceu (Gn 33.4,10). Quando a graça encontra a verdade, a justiça e a paz se beijam (Sl 85.10). A graça barata justifica o pecado; a graça preciosa justifica o pecador quebrantado e contrito (Sl 51.17; 1 Jo 1.7-10).
O poder transformador da graça. Agora Jacó, transformado em Israel, nomeou aquele lugar como Peniel. “Vi Deus face a face” (Gn 32.30). Esta experiência nos ensina que as crises do crente são resolvidas de dentro para fora. Transformados interiormente, transformamos ambientes de conflito no lar, no trabalho, na igreja. Quando vemos Deus face a face, podemos ver o rosto do nosso inimigo como rosto de Deus (Gn 33.10).
Nasceu-lhe o sol, quando ele atravessa Peniel; e manquejava de uma coxa (Gn 21.31). Enquanto prosseguimos na jornada marcados pela graça do nosso Deus, que a sua glória brilhe em nós, refletindo a beleza do Cristo que habita em nossos corações (2 Co 4.6).
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