l Pastor Mathias Quintela de Souza l Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor… (Zacarias 4.6 NVI) l
Foi pelo Espírito do Senhor que Zorobabel reconstruiu o templo de Jerusalém. É também pelo poder do Espírito Santo, enviado por Jesus em cumprimento à promessa do Pai, que a igreja faz discípulos de todas as nações (Atos 1.4-5, 8). O Espírito Santo, enviado no dia de Pentecoste, que celebramos hoje, continua presente e agindo no mundo por meio da Igreja, corpo vivo de Cristo. Neste sentido, aprendemos lições preciosas com a igreja local de Antioquia (Atos 13.1-12).
Pelo poder do Espírito adoramos em espírito e em verdade. A liderança da igreja servia ao Senhor com jejum e oração (13.1-3). O verbo “servir” tem a mesma raiz da palavra “liturgia”, usada no Novo Testamento para adoração, culto. O jejum não era sacrifício para alcançar benefícios, mas a expressão da fome de Deus mais do que de comida e de bebida. O Espírito nos assiste em nossa fraqueza quando adoramos para que experimentemos vontade de Deus (Romanos 8.26-27). A liderança que adora leva toda a igreja à adoração verdadeira. Por isso a Igreja de Antioquia foi bênção de Deus para a Ásia, a Europa e o mundo.
Pelo poder do Espírito exercemos a nossa função no corpo de Cristo. Enquanto adoravam ao Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: “Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” (13.2). É na comunhão do corpo, como comunidade adoradora, que discernimos o nosso chamado e a nossa função na igreja a serviço do Reino. Os dons do Espírito nos capacitam para diversas ações no corpo (1 Coríntios 12.7-10). Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, A CADA UM, como quer (1 Coríntios 12.11). Por isso, todos os dons e ministérios são igualmente importantes. A agulha nas mãos de Dorcas tem a mesma importância que a palavra na boca de Pedro.
Pelo poder do Espírito somos enviados e guiados. O Espírito Santo chama, separa, capacita e envia por meio da igreja (13.3-4). Assim como Barnabé e Saulo, somos enviados ao mundo para refletir a glória de Deus (Mateus 5.16) onde ele nos coloca. Uma menina que servia como escrava na casa de Naamã, chefe do exército sírio, foi canal da graça de Deus para a cura e a conversão do seu senhor (2 Reis 5.1-15). Ananias, simples discípulo, foi enviado e guiado à casa de Judas para ministrar na vida de Paulo (Atos 9.10-19).
Pelo poder do Espírito evangelizamos com eficácia. Em Pafos, Paulo, cheio do Espírito Santo, desmascarou Elimas e levou Sérgio Paulo à conversão (13.6-12). Não só por intermédio dos apóstolos, mas de pessoas comuns como Ananias, Dorcas, Filipe e cada um de nós, Deus realiza maravilhas que demonstram o seu poder e levam pessoas cativas à obediência de Cristo (Romanos 15.18-19).
Coloquemo-nos sob a autoridade de Cristo, em obediência (Mateus 28.18-19), para que o poder do Espírito nos faça testemunhas de Jesus aonde ele nos enviar (Atos 1.8).
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