l Pastor Mathias Quintela de Souza l João 1.1-5, 14; Filipenses 2.5-11 l
Estamos na quadra do advento de Cristo. Segundo domingo de dezembro é também o dia da Bíblia. O Natal nos faz lembrar a encarnação do Filho de Deus, ponto central da história sagrada narrada na Bíblia. No princípio, aquele que é a Palavra já existia. A Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. Assim, a Palavra se tornou ser humano, carne e osso, e habitou entre nós. Ele era cheio de graça e verdade. E vimos a sua glória, glória do Filho único do Pai (João 1.1,14 NVT). Em Filipenses 2.5-11 Paulo ensina que, em Cristo, Deus se fez humano, o Senhor se fez Servo e o Sacerdote se fez sacrifício.
Cristo é o Deus que se fez humano. A Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus (João 1.1b). Embora sendo Deus (Cristo), não considerou que ser igual a Deus fosse algo a que devesse se apegar. Em vez disso, esvaziou a si mesmo; assumiu a posição de escravo e nasceu como ser humano (Filipenses 2.6-7a). Enquanto o ser humano quer ser Deus, Cristo, o Filho do Deus vivo, tornou-se homem e enfrentou as mesmas tentações que nós, mas sem pecar. Por isso, pode socorrer-nos em ocasiões oportunas (Hebreus 4.14-16). Paulo exorta: tenham a mesma atitude demonstrada por Cristo Jesus (Filipenses 2.5). Quando nos esvaziamos do ego, das vaidades, das pretensões e arrogâncias, podemos experimentar a plenitude de Deus em nossas vidas.
Cristo é o Senhor que se fez servo. Esvaziou a si mesmo; assumiu a posição de escravo (Filipenses 2.7b). Quando todos reivindicam direitos e querem ser servidos, Cristo veio para servir e dar a sua vida em resgate por muitos (Marcos 10.45). Samuel Brengle recusou convites para o pastorado de grandes igrejas metodistas da América para matricular-se na Escola de Cadetes do Exército da Salvação em Londres. A primeira tarefa de treinamento prático foi limpar e engraxar as botas dos soldados do Exército da Salvação no porão da Escola. Num primeiro momento, pensou que estava desempenhando um papel ridículo, mas, enquanto orava, veio à sua mente o quadro de João 13.1-20: Jesus lavando os pés dos discípulos. Então, transbordando de alegria, adorou a Deus, agradecendo o privilégio de seguir nas pisadas de Jesus, Senhor e Mestre.
Cristo é o sacerdote que se fez sacrifício. …humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz (Filipenses 2.7b-8). Ele não ofereceu sacrifícios de animais no altar, como os sacerdotes da ordem de Arão, mas ofereceu-se a si mesmo, de uma vez para sempre, obtendo para nós eterna redenção (Hebreus 9.11-15,28). Mediante o sacrifício e intercessão de Cristo temos acesso direto ao trono de Deus e não precisamos mais de sacerdotes (Hebreus 10.19-22). Pelo contrário, nele somos edificados casa espiritual para sermos sacerdócio santo (1 Pedro 2.4-5). Por isso, colocamos toda a nossa vida no altar como um sacrifício vivo, santo, agradável a Deus, que é o nosso culto (Romanos 12.1.
Jesus afirmou que aqueles que se exaltam serão humilhados, e aqueles que se humilham serão exaltados (Lucas 18,14b). Seguindo nas pisadas do Cristo que se esvazia, que serve por amor e que se sacrifica no altar do Pai, seremos exaltados nele e participaremos da sua glória (Filipenses 2.9-11).
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