Paulo C. M. Pereira Júnior
l Pastor auxiliar da 1ª IPI de Curitiba l
Dois a três anos depois do celebre Sermão da Montanha, em que Jesus afirmou que não veio para abolir a lei de Moisés, mas para cumpri-la, somos apresentados a um novo mandamento: “Que vos ameis uns aos outros; como Eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis”. (João 13.34)
No Sermão da Montanha Jesus falava com a multidão, num espaço aberto. Em João 13, Jesus fala com os seus discípulos, num espaço fechado, o Cenáculo. Ali, este novo mandamento, estabelecido no contexto da nova aliança, traz também uma promessa: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. (João 13.35) Interessante notar que o que foi combinado no secreto, com os discípulos, seria revelado ao mundo através da prática do amor ao próximo, em obediência a Deus.
Veja, o sucesso da missão confiada a Igreja se sustenta justamente na promessa da presença divina em nós. Jesus disse: “… que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”. (João 17.20-21) Amor ao próximo e unidade são sinais indeléveis transmitidos pelos discípulos, movidos pelo Espírito Santo, para que o mundo creia em Deus.
À luz de João 13, observamos que o amor ao próximo que Jesus deseja que vivamos é expresso, entre outras formas, na proximidade e no serviço. Estar próximo e servir são expressões do amor de Jesus pelos discípulos que devem ser seguidas até os dias de hoje. Ao lavar os pés daqueles homens, Jesus nos deixou um exemplo. Para tocar nos pés de alguém, a pessoa deve estar próxima e disposta a servir.
Jesus nos chama a estar presente no mundo e a servir ao mundo. Somos chamados a viver esta graça maravilhosa de sermos usados pelo Espírito Santo para realizar a vontade do Pai.
Jesus, o Filho, glorificou ao Pai pela obediência.
Nós, filhos de Deus, glorificamos a Jesus pela obediência.
Que Deus nos abençoe nesta boa jornada da fé. Em Cristo Jesus. Amém.
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