NA CASA DO PAI


l  Pastor Mathias Quintela de Souza  l  – Salmos 128 e 23  –

Amanhã, 09 de agosto, celebraremos o dia dos pais. É a oportunidade para expressarmos gratidão a Deus pelo legado que os nossos pais nos deixaram. É também o momento certo para que os pais rendam graças a Deus pelo privilégio da paternidade. Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão (Salmos 127:3). O Salmo 128 narra como é o homem bem sucedido como pai, esposo, cidadão e crente. O Salmo 23 mostra como o Filho, Jesus, o bom pastor, nos leva à casa do Pai celestial. Tudo pela graça de Deus.

Na casa do pai tem provisão. Há provisão porque o pai é temente a Deus, anda nos caminhos do SENHOR (128.1), vive do trabalho, é feliz próspero (128.2). O Salmo 23 é messiânico por excelência. Jesus é o bom pastor (João 10.1-18) que nos leva a viver na presença do Pai onde os pastos são verdejantes, as águas são tranquilas, o ambiente é de refrigério e a direção é segura porque ele nos guia nas veredas da justiça (Salmos 23.1-3). Em momentos sombrios como a pandemia, ele nos protege com a sua vara e nos atrai junto a si com o seu cajado (Salmos 23.4).

Na cada do pai há festa. No interior, no coração da casa, está a esposa que é como a VIDEIRA FRUTÍFERA (128.3a) que gesta e alimenta a vida com ternura, afeto, carinho e amor. O fruto da videira é o vinho que alegra o coração do homem (Salmos 104.15a) e que expressa, também, o encanto da vida conjugal em cujo jardim as videiras em flor exalam perfume (Cantares 2.13) e os beijos da esposa são como o bom vinho, vinho que se escoa suavemente para o amado, deslizando entre os seus lábios e dentes (Cantares 7.9). Os filhos são como REBENTOS DE OLIVEIRA (128.3b) que trazem a esperança do azeite que dá brilho ao rosto do homem (Salmos 104.15b). No Salmo 23 o bom pastor, depois do vale da sombra da morte, nos leva ao banquete onde o Pai é o anfitrião (Salmos 23.5) e o Filho é o REBENTO DA OLIVEIRA que nos unge com o seu azeite para a cura das enfermidades do espírito, da alma e do corpo (Tiago 5.14-16). Uma vez curados, o Filho enche a nossa taça até transbordar com a alegria do Espírito Santo (Romanos 14.17; Efésios 5.18-21).

Na casa do pai há adoração.  A família é abençoada desde Sião (128.4-5) de onde o SENHOR ordena a vida e a bênção para sempre (Salmos 133.1,3b). O santuário começa no lar onde o pai é o sacerdote. A assembleia dos adoradores do povo de Deus é extensão do culto que é prestado a Deus no recesso da vida familiar porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles (Mateus 18:20). Tanto nos cultos feitos nos lares, quanto nas celebrações realizadas nos templos, podemos receber a unção do azeite que cura e a taça transbordante da alegria do Espírito Santo. Fortalecidos interiormente pela presença do Deus trino (João 14.23) podemos chegar à Casa do Pai onde vamos servi-lo participando da festa que se estende para a eternidade (Salmos 23.6). Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu já lhes teria dito. Pois vou preparar um lugar para vocês. E, quando eu for e preparar um lugar, voltarei e os receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, vocês estejam também (João 14:2,3).

Que na casa do pai terreno sejamos fieis administrados da multiforme da graça de Deus para que ela seja antessala da casa do Pai celestial onde tomaremos posse do reino como herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. E, pela graça, possamos viver com a dignidade e nobreza de príncipes e princesas do Reino de Deus.

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