IGREJA, ENVOLVIMENTO E COMPROMETIMENTO


l  Rev. Mathias Quintela de Souza  l 

Êxodo 18.13-26; Atos 6.1-7  l  Encerramos nesta semana a série de pastorais sob o tema “Igreja, Comunidade do Reino de Deus”. Já vimos que a igreja é comunidade de ministros e que estes ministros devem ser treinados para a edificação e evangelização. A pergunta agora é: como a igreja deve se organizar para que todos os seus membros sejam ministros ativos, produtivos e prontos para liderar quando chamados? Vamos destacar, nesta pastoral, a importância da liderança neste processo.

LIDERANÇA TREINADA E TREINADORA. Moisés foi treinado 80 anos por Deus no seu lar, no Palácio de Faraó e no deserto de Midiã (Atos 7.20-29). No entanto, ao iniciar os 40 anos de efetivo ministério, ele teve que aprender com Jetro, seu sogro, como organizar o seu povo para que todos estivessem envolvidos e comprometidos como povo da aliança (Êxodo 18.13-24). Jesus também treinou os apóstolos durante três anos e meio e eles aprenderam a delegar autoridade e supervisionar obreiros no campo (Mateus 10 e Lucas 10.1-20).

LIDERANÇA QUE PRIORIZA A ORAÇÃO E A PALAVRA.  Moisés, aconselhado por Jetro, descentralizou o exercício de poder pela delegação de autoridade. Mas a função do líder ficou clara (Êxodo 18.19-20): Represente o povo diante de Deus, leve as suas causas a Deus (ORAÇÃO), ensine-lhes os estatutos e as leis e faça com que conheçam o caminho em que devem andar e a obra que devem fazer (PALAVRA). O mesmo aconteceu com os apóstolos (Atos 6:2-4): Não é correto que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Por isso, irmãos, escolham entre vocês sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, para os encarregarmos desse serviço. Quanto a nós, nos consagraremos à ORAÇÃO e ao ministério da PALAVRA. Jesus treinou uma equipe de líderes e Jetro aprendeu a fazer o mesmo.

LIDERANÇA AGLUTINADORA.  Os chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez, inativos por falta de oportunidade, constituíam enorme potencial. Moisés, aconselhado por Jetro, reuniu essa força de trabalho. Procurou pessoas qualificadas (18.21) e atribuiu a elas tarefas bem definidas (18.22). Esta estratégia de gestão evitou esgotamento do líder e possibilitou o devido cuidado de todo o povo (18.18,23).

LIDERANÇA DESCENTRALIZADA E INTEGRADA. Moisés delegou autoridade numa estrutura de liderança que não deixou ninguém solto ou isolado. Nessa estrutura todos podiam cuidar e ser cuidados em suas necessidades específicas. Quando delegamos autoridade continuamos responsáveis por oferecer condições para que todos possam produzir. Do contrário, seria delargação ao invés de delegação de autoridade.

CONCLUSÃO. Com esta estrutura de liderança formada por Moisés, onde todos serviam e eram servidos, sob a bênção do SENHOR, o povo de Israel podia se multiplicar num crescimento sustentável. Da mesma forma, foi a MULTIPLICAÇÃO do número de discípulos que levou os apóstolos a fazerem ajustes necessários (Atos 6.1-6). Como resultado, o crescimento continuou: Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se MULTIPLICAVA o número dos discípulos (Atos 6:7a).

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