Igreja, Comunidade de Ministros

l  Rev. Mathias Quintela de Souza  l

Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém! (1 Pedro 4.10-11)

O verbo servir em 1 Pedro 4.10 tem a mesma raiz da palavra diácono. Diácono é tanto o que serve às mesas (Atos 6.2-3) como o que ministra a palavra. Os apóstolos consagravam-se ao ministério (diaconia) da palavra (Atos 6.4). Logo, todos somos ministros porque servimos (ministramos) uns aos outros (1 Pedro 4.10a).

Se todos somos ministros, todos somos, também, capacitados para o exercício do ministério. Servi uns aos outros, CADA UM CONFORME O DOM QUE RECEBEU (1 Pedro 4.10a). Além dos talentos naturais, que colocamos a serviço de Deus, Ele nos capacita com os dons do Espírito Santo. Mas a manifestação do Espírito É DADA A CADA UM para o que for útil. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, REPARTINDO PARTICULARMENTE A CADA UM COMO QUER (1 Coríntios 12:7,11).

Como ministros devemos ser, todos, bons despenseiros da multiforme graça de Deus (1 Pedro 4.10b). Despenseiro é o mesmo que mordomo, administrador. A igreja, comunidade do Reino, é a despensa da MULTIFORME GRAÇA DE DEUS. Deste rico tesouro cada um de nós tira o que é necessário para ministrar às necessidades do nosso irmão. Todos ministram e todos são ministrados. Devemos estar disponíveis para ministrar e humildes para receber a ministração, sujeitos uns aos outros no temor de Cristo (Efésios 5.21).

Quando o irmão necessita da palavra, fale de acordo com os oráculos de Deus (1 Pedro 4.11a). Quando o irmão necessita de uma assistência prática, faça-o na força que Deus supre (1 Pedro 4.11b). Aprendemos em passagens como 1 Coríntios 12.7-11,20; Romanos 12.4-8; Efésios 4.11-12 que os dons do Espírito nos capacitam para falar (conhecimento, sabedoria, profecia, ensino, exortação, evangelização…) e para servir (curas, milagres, diaconia, contribuição, presidência, misericórdia…).

Cuidado! Evidência de espiritualidade não são os dons do Espírito que exercemos (1 Coríntios 1.5-7; 3.1-4; Gálatas 5.19-20), mas o fruto que o Espírito produz em nós (Gálatas 5.21-22). Portanto, falamos a palavra de Deus e servimos na força que Deus supre para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém! (1 Pedro 4.11b).

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