l Pastora Priscila Madeira Kume l
No contexto histórico da cidade de Filadélfia observamos que ela foi constituída para ser um centro de propagação da língua, da cultura e dos costumes gregos. O paganismo também fazia parte da cultura religiosa na época. Considerada uma cidade estratégica, pois era a principal rota do correio imperial de Roma para o oriente, por isso, era considerada uma porta e também chamada de “a porta do oriente”. Essa comunidade em Filadélfia e Esmirna são as únicas que não recebem em suas cartas nenhuma correção, mas, elogio e desafio. Diante disso, vemos que as figuras usadas na mensagem não eram estranhas aos cristãos daquela comunidade. Havia um propósito na mensagem enviada para aquela igreja.
Filadélfia tinha diante de si, uma porta aberta para o evangelismo, pois vemos no texto:
1 – AUTORIDADE: Cristo é a chave desta porta. Quando olhamos para a igreja em Filadélfia, nós descobrimos quem era o Cristo em que criam. Cristo se apresenta como aquele que é SANTO e VERDADEIRO, aquele que tem a chave de Davi. Isso porque Jesus fazia parte da linhagem de Davi, baseado na sua genealogia (ver Mateus 1:1-16; Lucas 3:23-38) e em seu ministério foi reconhecido como “Filho de Davi” (Lucas 18:38; Mateus 9:27; Mateus 15:22; Mateus 21:15). Toda autoridade lhe foi concedida pelo Pai, ele age soberanamente, detêm todo poder para abrir e fechar a porta. Isso nos faz entender que ele é aquele que coloca diante de nós oportunidades, que ninguém pode nos tirar do mesmo modo como também as retira se não fazem parte de seu querer. Ele é o Senhor da igreja, Senhor da nossa história, ele tem um propósito a ser cumprido.
2 – MISSÃO: A igreja na cidade é a porta para evangelização. “Abri para você uma porta que ninguém pode fechar”, a porta aberta que ninguém podia fechar era a oportunidade que os cristãos daquela igreja tinham de propagar o evangelho naquele lugar! Eis aí o chamado missionário daquela igreja, fazer a diferença. Eram fiéis e obedientes, agora precisavam ser relevantes na cidade. A igreja na cidade era a porta de evangelização naquele lugar. Havia uma obra a ser feita, por eles naquele lugar. Deus os havia colocado ali com uma missão com um propósito. Mesmo tendo pouca força, Deus faria uma obra através deles naquele lugar. Charles Spurgeon tem uma frase que diz: “Todo cristão é missionário ou é um impostor”. A igreja de Jesus tem sua natureza missionária. Somos chamados para fora. São muitas oportunidades que Jesus tem aberto diante de nós para fazermos a diferença aonde ele tem nos colocado: na família, no trabalho, no bairro, na cidade! Pois, a igreja de Jesus deve ser a porta para aqueles que estão sem Cristo.
3 – Promessa: o vitorioso permanecerá como uma coluna no Templo de Deus. A igreja de Jesus é vitoriosa. (Mateus 16:18-20). Na cidade de Filadélfia era comum homenagear seus nobres e ilustres cidadãos com uma coluna em seu nome nas localidades mais importantes da cidade. Algumas religiões pagãs usavam gravações ou marcas para identificar seus seguidores. Por isso, a promessa de Jesus à sua igreja, pois ele honra os seus, e somos amados por ele. Ele diz: “ …escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus… e também o meu novo nome”. O nome de Deus é gravado nele, e moraremos no lar celestial que nos foi prometido. Não devemos buscar reconhecimento humano, ou glória terrena. Nossa vida está em Cristo, buscamos as coisas do alto, pois as terrenas passam e desaparecem. No contexto de Filadélfia, também encontramos dados que revelam que a cidade sofria com abalos sísmicos, as primeiras coisas que caiam eram os prédios e as colunas. Tanto é verdade que a região até hoje se vê as ruínas. Apeguemo-nos nas promessas eternas do nosso Deus, que ninguém pode tirar. Que Deus nos faça como colunas, inabaláveis, que seu nome esteja gravado no nosso coração. Muitos procuram ter seus nomes mencionados em revistas famosas como a Forbes, por exemplo, mas que como cristãos possamos ter convicção que os nossos nomes estão escritos no Livro da Vida.
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