Mathias Quintela de Souza
l Pastor titular da 1ª IPI de Curitiba l
Jesus disse que veio ao mundo para fazer a vontade daquele que o enviou, e não a sua própria vontade (João 6.38). Coerentemente, ele nos ensinou a pedir que a vontade do Pai celestial seja feita na terra como é feita no céu. A vida cristã consiste em viver experimentando a vontade de Deus que é boa, agradável e perfeita. Isto porque Deus, pelas suas misericórdias, aceita as nossas vidas como adoradores e renova as nossas mentes para rejeitarmos os padrões mundanos e sermos continuamente transformados, tendo como alvo a estatura da plenitude de Cristo.
Entrega da vida em adoração. A súplica de consagração que Paulo fez aos cristãos romanos tem a marca da autoridade apostólica, pois, tudo que fazemos por meio do corpo colocado no altar como sacrifício vivo, santo e agradável, seja no lar, no trabalho, nas diversões, deve ser ato de adoração. Caso contrário, é hipocrisia religiosa como Jesus denunciou, citando o profeta Isaías: Este povo me honra com os lábios, mas o coração está longe de mim. Sua adoração é uma farsa… (Marcos 7.6-7a). O templo onde oferecemos o culto dominical é tão sagrado quanto os demais espaços onde vivemos e atuamos nos demais dias da semana. Podemos e devemos experimentar a vontade de Deus nas nossas atividades diárias.
A mente renovada. Quando estamos em Cristo, somos nova criatura. As coisas que ocupavam as nossas mentes se foram. A mente renovada não se amolda aos padrões mundanos. Não entra e não deve entrar nos esquemas do mundo. Mas as tentações existem e são fortes. Satanás continua oferecendo os reinos deste mudo e a glória deles, como fez com Jesus. As coisas que ele oferece são transitórias e passageiras. Falsas ofertas. Ilusões. Fakes news, pois ele não possui nada. É usurpador. No entanto, as tentações são invitáveis. Jesus nos ensinou a pedir ao Pai para não nos deixar cair em tentação. Se por rebeldia ou descuido cairmos, o Pai celestial, que é amoroso e justo, nos disciplina, podendo até mesmo nos recolher como ato de misericórdia para não sermos condenados com o mundo, como aconteceu com irmãos da igreja de Corinto (Ver 1 Coríntios 11.30-32 NTLH). Por outro lado, todos temos a oportunidade de ver e refletir a glória do Senhor, sendo gradativamente transformados pela renovação da nossa mente, no poder do Espírito, conformando-nos à imagem gloriosa de Jesus. Esta transformação vai nos deixando cada vez mais parecidos com ele, tendo o mesmo modo de pensar e de agir que ele teve. A vontade do Pai para ele incluía a cruz. Mas, pela alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, sem se importar com a vergonha, e está agora glorificado. Como discípulos dele, alegramo-nos no sofrimento, dores de parto, cujo resultado é a salvação de vidas e a extensão do Reino de Deus. A vontade de Deus é sempre boa, agradável e perfeita e nos enche da verdadeira alegria.
Conclamamos a todos para nos unirmos em oração, com base em Mateus 7.7. Peçam e lhes será dado; busquem e acharão; batam, e a porta será aberta para vocês. A agenda de oração é simples: PEDIR que Deus nos revele a sua vontade, como indivíduos e como igreja, em todas as situações; BUSCAR o Senhor para que ele nos una como igreja neste propósito de obediência; BATER à porta, insistindo para que ele nos revista de poder para fazermos a sua vontade que é boa, agradável e perfeita.
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