Rev. Cristiano Zioli
No último filme dos Vingadores que também possui um subtítulo com o nome de Ultimato, há uma frase icônica que percorre todo o filme: “Algumas pessoas seguem em frente, nós não!”. Essa frase do Capitão América mostra como nós, cristãos, não podemos simplesmente seguir em frente no contexto de não enfrentar questões que precisam ser enfrentadas, de não encarar situações que precisam ser enfrentadas. Nós não ignoramos as mazelas humanas a começar de nós mesmos. Nós não fingimos que está tudo bem quando não está. E só ficaremos bem, de fato, quando cumprimos com nossa vocação, nosso chamado.
Ser igreja é ver o mundo com os olhos de Deus. É sentir a dor divina como marca de uma intimidade que é oferecida para todos, mas experimentada por poucos. Os loucos e as loucas que não seguem em frente mecanicamente, mas somente saem dali diante uma palavra do céu que “diz ao povo que marchem” diante de uma cena que não apresenta saída. Um exército inimigo atrás e um mar à frente. A voz divina é clara ao dizer: “Marchem”. Olhemos não para os montes, porque nosso socorro não vem de homens, mas de Deus. Seguimos em frente, porque uma voz no meio da tempestade, das ondas e do medo diz para sairmos do barco e andarmos por onde ninguém havia antes andado.
Não somos robôs. Não ignoramos a dor ou a escondemos. Não podemos fazer isso. Nosso chamado não nos dá esse luxo. Somos os filhos de Deus responsáveis pela mensagem da Graça, responsáveis pela palavra profética que denuncia, mas cura, edifica e desperta!
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