Mathias Quintela de Souza
l Pastor auxiliar da 1ª IPI de Curitiba l
Apocalipse 3.14-22 I Jesus repete nas cartas às sete igrejas do Apocalipse: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Somos desafiados a ouvir hoje o que o Espírito disse à igreja de Laodiceia e dispostos a ouvir o que ele tem a dizer para nós hoje como igreja que professa Jesus como Senhor e Salvador.
O DIAGNÓSTICO. Jesus como o amém, como aquele que era, que é e que há de vir, como a testemunha fiel e verdadeira e como o primogênito da criação, fez um diagnóstico perfeito e incontestável da igreja de Laodiceia, resumido em duas palavras: Mornidão espiritual (3.14-16). A igreja menosprezou a graça de Deus e tornou-se morna na ilusão de ser o que não era, provocando náuseas em Cristo que estava a ponto de vomitá-la da sua boca. A igreja estava na UTI, mas havia possiblidade de cura poque Deus é amoroso, justo e gracioso.
O PROCESSO DA CURA. O diagnóstico perfeito leva aos procedimentos certos, eficazes, infalíveis 1. CONSELHO (3.19). Ao invés de mandar, como Senhor, ele aconselha como amigo: a) A Igreja devia voltar-se para Cristo em quem estão escondidos os tesouros de Deus para nós (Efésios 1.3; Filipenses 3.4-9). Esses tesouros são tão preciosos que só podem ser recebidos pela graça e de graça; b) a face de Cristo resplandece a glória de Deus (2 Coríntios 4.6) que cura a nossa cegueira espiritual como aconteceu com Saulo em Damasco (Atos 9.17-18); c) a nossa nudez espiritual só pode ser coberta com as vestes alvejadas no sangue do Cordeiro (Apocalipse 7.13-14), pois as nossas vestes de justiça diante de Deus trapos imundos (Isaías 64.6). 2. ARREPENDIMENTO (3.19). A disciplina é ato de amor porque produz a tristeza segundo Deus; essa tristeza leva ao arrependimento que restaura a nossa vida real e completa em Cristo (2 Coríntios 7.10). 3. OPORTUNIDADE (3.20). Mesmo excluído, Cristo não desiste de nós e continua batendo na porta. Que esta graça seja irresistível para nós, pois, à mesa, conhecemos o Cristo vivo. Ele nos ensina as virtudes da humildade, da mansidão, da longanimidade e do amor que oferece suporte uns aos outros em suas necessidades. Assim, em vez de uma comunidade de “eus” em que existem intrigas, invejas, contendas e maledicências, nos tornamos um em Cristo, preservando e desenvolvendo a unidade do Espírito no vínculo da paz (Efésios 4.1-6). E descobrimos a mesa como princípio do Reino onde compartilhamos o pão, o sorriso, a lágrima, a dor e a esperança que não se confunde porque o amor do Pai já está derramado em nossos corações (Romanos 5.5).
A PROMESSA. (21-22) Como acontece em todas as igrejas, em Laodiceia há também os vencedores em Cristo que se assentarão no seu trono assim como ele venceu e sentou-se no trono do Pai. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
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