Pastor Mathias Quintela de Souza l 1 Coríntios 10.1-4; Êxodo 17.1-7; Números 20.2-13; João 7.37-39 l
A rocha é uma figura aplicada a Cristo: …e todos beberam da mesma água espiritual, pois beberam da rocha espiritual que os acompanhava, e ESSA ROCHA ERA CRISTO (1 Co 10.4). Cristo é a Rocha eterna na qual o povo de Deus é edificado (Is 26.3-4; 1 Pe 2.4-5). Essas passagens bíblicas nos remetem a Êxodo 17.1-7 e Números 20.2-13. Na festa dos tabernáculos (João 7.2) celebrava-se o milagre da água brotando da rocha para saciar o povo. No último dia da festa, Jesus exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba (João 7.37). A mensagem da Páscoa é que a encarnação, a morte, a ressurreição e a glorificação de Jesus à direita do Pai nos garantem acesso à Rocha eterna, fonte da água viva.
Cristo é a Rocha (fonte) acessível. No deserto, o povo de Israel andava de um lugar para outro (Ex 17.1), mas era acompanhado pela rocha espiritual, da qual bebia (1 Co 10.4). No entanto, diante da falta de água, o povo exigiu providências (Ex 17.1-3) e pôs o Deus à prova, dizendo: O SENHOR está conosco ou não? (Ex 17.7). A presença de Deus com o seu povo é real e aponta para a encarnação. Jesus é o EMANUEL, que significa Deus conosco (Mt 1.23). É o Verbo eterno que se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.1,14). O encontro de Jesus com a mulher samaritana é o maior exemplo, nos Evangelhos, de como as pessoas que têm sede de Deus podem encontrar a fonte da água viva (Jo 4.5-26; Sl 42.2).
Cristo é a Rocha ferida. Diante da incredulidade do povo, Moisés, orientado por Deus, feriu a rocha com a mesma vara que ele usou para bater nas águas do Nilo. Da rocha brotou água que saciou o povo e seus animais (Ex 17.4-6). Isto aponta para a cruz. Jesus não tinha culpa. Mas ele foi ferido por causa de nossa rebeldia e esmagado por causa de nossos pecados. Sofreu o castigo para que fôssemos restaurados e recebeu açoites para que fôssemos curados (Is 53.5). Ele morreu a nossa morte para que pudéssemos receber a sua vida. Purificados pelo sangue de Jesus, os nossos corações tornam-se como vasos limpos para receber a água viva, o azeite precioso, o Espírito Santo.
Cristo é a Rocha Soberana. Em Números 20.2-13 Moisés devia apenas falar à rocha. Mas ele a feriu, dela saiu água, mas foi reprovado e por isso ele e Aarão não puderam entrar na terra prometida. A rocha já tinha sido ferida. Cristo, também, já morreu, ressuscitou e está glorificado à direita do Pai de onde envia o Espírito Santo, água viva, para todos os que creem nele (Jo 7.37-39). A fé em Jesus vem pela pregação da Palavra de Deus (At 2.37-39). Cristo continua à direita do Pai, soberano, e quando cremos nele, bebemos na fonte a água viva (At 1.4-5; 2.39; Ef 1.13-14). Essa água sacia a nossa sede espiritual e nos capacita para crescermos espiritualmente e sermos frutíferos na obra do Senhor.
Quando bebemos na fonte, a Rocha eterna, o Espírito Santo é como rios de água viva que brotam do nosso interior e transbordam alcançando outras vidas. Voltaremos ao assunto em dia 23 de maio, dia de pentecoste, quando celebraremos o derramamento do Espírito Santo em cumprimento à promessa do Pai.
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