l Pastor Mathias Quintela de Souza l
João deixa claro porque registra alguns milagres de Jesus: “Na verdade, Jesus fez diante dos seus discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenham vida em seu nome” (João 20: 30-31). A primeira multiplicação dos pães, João capítulo 6, aponta para Jesus como o pão da vida. Por isso, os apóstolos, representados por Pedro, se comprometem com Jesus (João 6.47-69). E nós? Para quem iremos? Dentre as alternativas, a seguir mencionadas, qual é a nossa?
Seguidores interesseiros. Muitos reconhecem, pelo sinal, que Jesus é o Cristo, mas procuram tirar proveito político da situação, tentando força-lo para que seja rei (6.14-16). Para estes, Jesus diz que eles o procuram pelo interesse no pão que satisfaz o estômago, quando devem trabalhar pelo pão que nutre o espírito (6.24-27). De fato, Jesus não nos manipula oferecendo benefícios para que sejamos seus seguidores, mas nos inspira quando doa a sua vida por nós. Ele espera de nós uma resposta à altura do seu gesto.
Religiosos interessados. Os que procuram Jesus demonstram, por outro lado, interesse para realizar as obras de Deus e esperam dele, como mestre religioso, instruções precisas. No entanto, a verdadeira obra de Deus consiste em crer em Jesus, seguir nos seus passos e ser canais da graça de Deus para abençoar vidas como foi Moisés no passado. O maná, dádiva de Deus no deserto, aponta para Cristo. Ele é mais do que um mestre religioso; é o pão que desceu do céu para dar vida ao mundo (6.28-40). Será que o grau de interesse desses religiosos chega ao ponto de se unirem a Jesus pela fé? Ou preferem continuar na prática de rituais religiosos e ações beneméritas para alcançar o favor de Deus? Mais do que religiosos ou membros de igreja, Jesus nos chama para o discipulado.
Ou discípulos comprometidos. Como pão vivo Jesus se comprometeu conosco a ponto de ter o seu corpo esmagado e o seu sangue derramado para que sejamos reconciliados com o Pai. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá eternamente. E o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne (6.51). Comer a carne e beber o sangue de Jesus é uma linguagem realista que reflete a nossa unidade em Cristo (6.7-59). Aponta para a Ceia do Senhor. Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele (1 Coríntios 6.17). Diante destas verdades, muitos discípulos abandonam Jesus, mas os apóstolos, célula-mãe da igreja, representados por Pedro, se comprometem: Senhor, para quem iremos? O senhor tem as palavras da vida eterna, e nós temos crido e conhecido que o senhor é o Santo de Deus (6.68-69).
Como pedras vivas e cooperadores de Jesus na construção do edifício vivo, damos continuidade ao discipulado que começou com o colégio apostólico e deve prosseguir até a volta de Jesus em glória. Ser e fazer discípulos de Jesus é a nossa missão (Mateus 28.18-20) e o projeto mais fascinante na face da terra, capaz de impactar o mundo!
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