Mathias Quintela de Souza
l Pastor titular 1ª IPI de Curitiba l
Crescimento em Cristo é o nosso tema para 2022 (Efésios 4.15-16). Nesta mensagem, quando estamos retornando às atividades plenas deste ano, vamos verificar, com base em 1 Pedro 2.1-10, como podemos crescer naturalmente em Cristo.
CRESCEMOS COMO DISCÍPULOS DE JESUS (crescimento qualitativo). O apóstolo Pedro, depois de afirmar que nascemos de novo pelo poder da morte e da ressurreição de Cristo para uma vida santa (1 Pedro 1.3, 18-19,23), deixa claro que a vida cristã é relacionamento pessoal com Jesus. Achegamo-nos a ele, a pedra angular (1 Pedro 2.4) numa relação de discípulos e Mestre. Crescemos nele. Por isso, despojamo-nos de tudo o que é indigno do nosso Mestre: maldade, dolo, hipocrisias, invejas, maledicências. Ao mesmo tempo, crescemos para a salvação alimentando-nos do genuíno leite espiritual que é a Palavra de Deus (1 Pedro 2.1-2; 1.23). A medida desse crescimento é a estatura da plenitude de Cristo (Efésios 4.13). Quanto mais crescemos nele mais necessidade percebemos de crescer. O discipulado é o mais fascinante projeto de vida! Para fazer discípulo a condição básica é ser discípulo de Cristo. Sem crescimento qualitativo a igreja não cresce; incha.
CRESCEMOS PELA EDIFICAÇÃO MÚTUA NO CORPO DE CRISTO (crescimento orgânico). A expressão casa espiritual indica que a igreja é muito mais que organização; é organismo vivo. É o corpo de Cristo. Sob o comando da cabeça, Cristo, cada membro exerce a sua função e contribui para o crescimento harmonioso de todo o corpo. Todos servem e são servidos administrando o rico tesouro da graça confiado à igreja (1 Pedro 4.10-11). Se um se alegra, todos se alegram; se um sofre, todos sofrem. Todos se amam como são amados por Cristo. Dessa forma o mundo nos reconhece como discípulos de Jesus (João 13.34-35) e os sinceros são atraídos à comunidade pela beleza de Cristo revelada em nossas vidas. Sem o crescimento orgânico não temos como receber, agasalhar, alimentar e dessedentar os famintos e sedentos de justiça que se aproximam de Cristo como o pão vivo e como a fonte da água viva.
CRESCEMOS COMO POVO MISSIONÁRIO (crescimento quantitativo). Somos o povo eleito, o sacerdócio real, a nação santa e o povo de propriedade exclusiva de Deus para proclamarmos as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pedro 2.9). Esta é nossa missão. Proclamar o Evangelho por ação, palavra e realização de sinais e maravilhas no poder do Espírito Santo (Romanos 15.18-19). Fazer discípulos de Jesus ao invés de meros membros da igreja; discípulos de Cristo e não prosélitos; discípulos de Cristo e não simples devotos de Cristo. Por isso a nossa insistência no discipulado não apenas como preparo de pessoas para serem recebidas à comunhão da igreja, mas o discipulado de Cristo como o mais fascinante projeto de vida.
Concluímos que sem o crescimento qualitativo (discipulado) e o crescimento orgânico (edificação mútua), o projeto de crescimento quantitativo pode reduzir-se a um ativismo evangelístico cansativo e sem resultados permanentes.
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