l Pastor Mathias Quintela de Souza l
Estamos encerrando neste domingo, com a celebração do aniversário da igreja, a jornada de oração com o tema “Igreja, edifício vivo”. Como pedras vivas somos edificados casa espiritual em Cristo, a Pedra Viva. Para os que creem, ele é a preciosidade, mas, para os que o rejeitam, ele é a pedra de tropeço (1 Pe 2.5-8; Lc 20.17,18). Nós, porém, SOMOS a Igreja de Cristo PARA PROCLAMAR o Evangelho do Reino. (1 Pe 2.9-10). A nossa identidade e missão são inseparáveis! O que somos determina o que fazemos; o que fazemos testifica o que somos.
Geração eleita. SOMOS eleitos em Cristo, pela graça, antes da fundação do mundo (Ef 1.4). Mas é sempre uma tragédia quando o povo de Deus, tanto Israel como a igreja, se apega ao privilégio da ELEIÇÃO e despreza a responsabilidade da MISSÃO. Somos herdeiros de Abraão (eleição), quando produzimos frutos de arrependimento (missão) (Mt 3.7-10). Jesus disse aos judeus: Se vocês fossem filhos de Abraão (eleição), fariam as obras que ele fez (missão) (Jo 8.39). Jesus adverte: Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto ele limpa, para que produza mais fruto ainda (João 15:2).
Sacerdócio real. Em Cristo somos o sacerdócio santo (1 Pe 2.4) e temos acesso ao Santo Santos pelo sangue de Jesus (Hb 10.19-20). Nele temos eterna redenção (Hb 9.11-12). Nele, o nosso culto é sacrifício espiritual (Rm 12.1; 1 Pe 2.4); sacrifício de louvor que expressa gratidão, fruto de lábios que confessam o seu nome (Hb 13.15). Além disso, o ministério da intercessão é, para nós, privilégio e responsabilidade. Quando representamos as pessoas diante de Deus pela intercessão, podemos representar Deus diante delas pela proclamação do evangelho que pode transportá-las das trevas para a luz.
Nação santa. Unidos a Cristo, participamos da sua santidade. Não nos amoldamos aos padrões do mundo, mas somos continuamente transformados pela renovação da nossa mente. Não fugimos da realidade perversa e iníqua deste mundo, mas somos, nele, o sal da que dá sabor e preserva da corrupção, e a luz que manifesta a glória de Deus. Sem santidade não há presença; sem presença não há missão. A luz de Cristo em nós atrai os famintos e sedentos de justiça que estão nas trevas para a maravilhosa luz do Reino de Deus.
Povo de propriedade exclusiva de Deus. Somos a igreja de Deus, comprada com o precioso sangue de Cristo (At 20.28). Ele deu a si mesmo por nós, a fim de nos remir de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, dedicado à prática de boas obras (Tito 2.14). A dignidade do cristão reside no fato de que ele não pertence a si mesmo, mas a Deus. Movido pelo amor do Pai ele vai em busca dos eleitos para introduzi-los, pelo evangelho, à comunhão de filhos na família de Deus. A motivação é que alcançou graça e misericórdia para tornar-se parte do povo de Deus (1 Pe 2.10).
Os substantivos coletivos como GERAÇÃO eleita, SACERDÓCIO real, NAÇÃO santa e POVO DE DEUS, usados na Bíblia (Ex 19.5-6; 1 Pe 2.9), apontam para a igreja como comunidade. De fato, como igreja de Cristo, somos uma comunidade de discípulos que fazem discípulos de Jesus em obediência a Cristo, Senhor e Mestre, no poder do Espírito Santo e motivados pelo amor do Pai (Mt 28.18-20; At 1.8; Rm 5.5).
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