I Rev. Cristiano Zioli I
Esse é o meu último editorial como um dos pastores dessa amada comunidade. Meu coração se enche de uma porção de sentimentos, porque o tempo é implacável. Está chegando a hora de partir. A pergunta que fica martelando em minha mente é: o que deixar registrado por último? Só me vem duas palavras: Resistência e Esperança.
Resistência, porque os dias são maus. Vivemos dias perversos. O perverso é aquele que sabe o que é mal e o faz porque quer fazer. É aquele que mata, porque quis e porque acha que uma categoria de ser humano só é boa se estiver morta. Claro, tudo em nome de Deus e dos bons costumes. Esse é o perverso! A Bíblia nos diz que devemos resistir ao perverso e aos seus encantos. Não ceder, não sentar à mesa, apenas resistir. Que a Igreja resista e persista resistindo à perversidade que inunda, principalmente, as comunidades ditas cristãs. Como diz Ed Rene: a pior maldade que o malvado pode fazer com a gente é nos tornar como um dele, portanto, resistam.
Esperança, porque Ele está sentado no trono celeste. Há um trono no céu que está ocupado e uma tumba que está vazia. A vida explodiu de dentro do túmulo para fora. E essa vida resiste e persiste. Esperança não tem a ver com sentar-se eternamente em berço esplêndido, mas porque Ele vive, posso crer no amanhã e posso lutar, profetizar, catapultar-me para o chão da vida e para uma espiritualidade cotidiana que não foge aos desafios e não se anestesia com pregações de autoajuda. Irmãos e irmãs, resistam e nunca percam a esperança!
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